A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) acredita que a junção das pastas da Economia e da Coesão Territorial vai “seguramente facilitar o cumprimento dos prazos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.
Luís Montenegro decidiu juntar as duas pastas no mesmo ministério, tutelado para Manuel Castro Almeida. Na perspetiva de Armindo Monteiro, presidente da CIP, a alteração vai ajudar Portugal a garantir que não perde fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, numa altura em que os prazos estão cada vez mais curtos.
“Ficará mais simples, mais efetivo, esta capacidade de executar, porque o tempo é, de facto, curto. A Comissão Europeia não parece ter muita vontade de prorrogar esse prazo, e isso significa que quer Portugal, quer os outros países, que temos de acelerar na execução dos mesmos para que não se percam essas oportunidades de investimento”, considerou, em declarações à Renascença, no dia em que se soube também que um terço dos investimentos previstos no PRR está em risco de não ser concretizado.
Armindo Monteiro acredita também que as mudanças vão colocar a economia “um bocadinho acima no organograma governativo”, permitindo, assim, dar mais atenção ao crescimento económico que “permite gerar impostos, que depois financiam as outras atividades que o Estado se propõe desempenhar”.
Depois de um ano à frente da pasta da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida foi hoje reconduzido no cargo, acumulando ainda, neste XXV Governo Constitucional, a tutela da Economia. Em troca, Castro Almeida perde o título de ministro Adjunto, que desempenhava desde março do ano passado.