Ucrânia promete intensificar ataques contra alvos militares no interior da Rússia | Guerra na Ucrânia


O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas ucranianas, o general Oleksandr Syrsky, garantiu que a Ucrânia vai intensificar os ataques contra alvos militares no interior da Rússia, três semanas depois de um forte e complexo ataque ucraniano contra bases aéreas do país invasor do seu território.

No sábado, o Presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que a Ucrânia tem de reconhecer a soberania russa sobre as povoações ucranianas controladas pela Rússia e declarar formalmente a sua neutralidade se quiser avançar nas conversações de paz.

Na véspera das negociações entre Kiev e Moscovo, em Istambul, no início deste mês, a Ucrânia atacou vários aeródromos russos, a milhares de quilómetros das suas fronteiras, depois de contrabandear drones explosivos para a Rússia, numa operação complexa.

Segundo as autoridades militares ucranianas, este ataque destruiu ou danificou muitos aviões militares russos.

Num encontro com jornalistas no sábado, com embargo até este domingo, Oleksandr Syrsky disse que estes ataques vão continuar.
“É claro que vamos continuar. Vamos aumentar a escala e a profundidade”, prometeu, acrescentando que os ataques contra o interior da Rússia estão a revelar-se “eficazes” e especificando que Kiev só ataca alvos militares.

“Não nos contentaremos em ficar na defensiva. Porque isso não leva a lado nenhum ou, em última análise, leva ao facto de estarmos a recuar, a perder homens e território”, afirmou.

Segundo o general, as tropas ucranianas ainda controlam território na região russa de Kursk, que Moscovo afirma ter recapturado na totalidade. “Controlamos cerca de 90 quilómetros quadrados de território no distrito de Gluchkovo, na região russa de Kursk”, declarou Syrsky.

O general também disse que o comprimento da linha da frente “aumentou 200 quilómetros” ao longo do último ano “e é agora de cerca de 1200 quilómetros”.

“Conhecemos as capacidades dos nossos inimigos. Sabemos que, no último ano, recrutaram cerca de 440.000 soldados pagos”, revelou ainda.

As declarações de Syrsky surgem num momento em que os esforços diplomáticos para pôr fim à guerra desencadeada pela invasão total da Ucrânia pela Rússia em Fevereiro de 2022 estão estagnados.

Entretanto, o Ministério da Defesa russo anunciou este domingo que as defesas antiaéreas russas abateram no sábado à noite dez drones ucranianos sobre as regiões russas de Smolensk e Bryansk, bem como um sobre a península da Crimeia, região ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

“Durante a noite passada, entre as 22h30 de 21 de Junho e as 02h55 de 22 de Junho, os sistemas antimíssil activos abateram um total de 11 drones do tipo aeronave: nove sobre a região de Bryansk, um sobre Smolensk e um sobre a Crimeia”, informou o ministério através do canal Telegram.

A Ucrânia anunciou este domingo que 18 drones russos foram abatidos no Norte do país, matando uma pessoa, de acordo com o relatório diário da Força Aérea e das autoridades locais.



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