O PS ficou atrás da extrema-direita. O Bloco e o PCP sofreram as suas piores derrotas eleitorais. Ninguém no centro ou na esquerda determina a política e a consequência imediata destes desastres tem sido confusão e medo. Por isso, e como seria de esperar, instalou-se uma cacofonia de ajustes de contas: editoriais sanguinolentos anunciam a extinção da esquerda e comissionistas esfuziantes festejam a vitória, enquanto a oposição não se entende sobre o que fazer, como fica demonstrado pela multiplicação de putativos minicandidatos nas presidenciais, a começar pelos do PS, em que se prenunciam três que são zero. Contra esse caos, venho aqui apresentar duas teses: a de que o regime já mudou e a de que, em consequência, a alternativa não é (só) resistir.
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