A NATO na encruzilhada entre os EUA e a Europa: as tropas, as armas e os gastos | Multimédia

A NATO, reunida em cimeira na terça e quarta-feira, vai discutir a proposta do secretário-geral de aumentar a despesa em defesa para 5%, sendo que destes 1,5% seriam para a protecção de infra-estruturas críticas. A meta actual situa-se nos 2% e ainda há países que não a atingem, como Portugal, que foi um dos oito membros fundadores da NATO. O Governo português promete agora chegar já aos 2% este ano e admite ir até aos 3,5% no futuro.

Dos 32 membros da NATO, 23 são também da União Europeia

Evolução da NATO

A NATO nasce em 1949 com 12 fundadores. Durante a Guerra Fria (1952-82), expande-se para reforçar o bloco ocidental e no pós-Guerra Fria passa a incluir antigos países soviéticos. A Suécia foi o último país a garantir a sua entrada, em 2024

Fundadores
Expansão Guerra Fria (1952-82)
Pós-Guerra Fria (1990-presente)
Pedidos de adesão

Despesa total com a defesa dos países europeus em 2024

Valores em milhões de dólares e proporção do PIB em %

Cerca de dois terços dos países da NATO já gastam 2% do seu PIB em defesa

Valores de 2024 com base nos preços de 2015

Grandes potências aumentam gastos militares

Comparação dos gastos em defesa dos Estados Unidos, do conjunto dos países europeus e do Canadá que integram a NATO, da China e da Rússia. Valores em milhões de dólares

Acordos de partilha de custos para o orçamento civil, orçamento militar e Programa de Investimento em Segurança da NATO

Partilha de custos “em 32” após a adesão da Suécia. Válido de 7 de Março de 2024 a 31 de Dezembro de 2025

Fotografia: Unsplash

Até que ponto é que está preocupado, no seu dia-a-dia, com os potenciais cenários?

Estudo do ECFR em 12 países da Europa, divulgado neste domingo, põe Portugal entre os principais apoiantes da Ucrânia e do aumento das despesas militares nacionais

Muito preocupado ou pouco preocupado, em %

Comandos e quartéis da NATO na Europa

REUTERS/Louisa Gouliamaki

EUA é o país com o maior Exército da NATO

Dados de 2024

= 1000

Efectivos militares por país

Valores em milhares, dados de 2024

Se um dos países-membros da NATO for atacado, toda a NATO se considera atacada e pode ser chamada a defendê-lo

Estado de prontidão das tropas

Alguns equipamentos militares da NATO

Estes são alguns exemplos dos armamentos mais sofisticados de que dispõem os membros da NATO

Porta-aviões Charles de Gaulle

É o maior porta-aviões de propulsão nuclear da Europa. Foi lançado à água em 1994 e decorre actualmente o projecto para a sua substituição na próxima década.

Submarino Classe Vanguard

O Reino Unido possui duas frotas de submarinos, com capacidade de lançar mísseis balísticos. O novo primeiro-ministro britânico anunciou o plano de construção de mais 12 submarinos de propulsão nuclear, por forma a fazer face à ameaça da Rússia.

Tanque Leopard e Challenger

São de fabrico alemão, reconhecidos pela robustez, mobilidade e tecnologia avançada que combinam para assegurar superioridade em combate terrestre.

Eurofighter Typhoon

Este avião nasce de um consórcio entre o Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha. Os primeiros planos começaram a ser desenhados ainda nos anos 80, mas só nos primeiros anos deste século começou a ser fabricada a aeronave entretanto baptizada Eurofighter Typhoon. A Áustria foi o primeiro país, de fora do consórcio, a encomendar este avião.

Rafale

É um caça supersónico de fabrico francês. Está actualmente ao serviço deste país, bem como das Forças Aéreas da Índia ou da Grécia. O Rafale veio substituir em França os históricos Mirage.

Caças Gripen

É um caça de fabrico sueco (empresa aeroespacial Saab) e um dos rivais dos
F-35 da Lockheed Martin. A Suécia e o Brasil vão ter ao serviço a sua versão mais moderna.

Aviões Awacs

É uma espécie de radar ambulante — sistema de vigilância aérea essencial para o controlo do espaço aéreo para detectar ameaças. Pode ser utilizado também para apoio a operações de busca e salvamento.

Sistema de defesa aérea IRIS-T

O IRIS-T é um sistema de defesa aérea de fabrico alemão, concebido para interceptar aeronaves, mísseis e drones a curta e média distância. Tem sido fornecido a vários países europeus, incluindo a Ucrânia, no contexto da guerra.