Trovoadas nos EUA travam Mundial de clubes e ameaçam o de selecções | Mundial de clubes


O cansaço acumulado dos jogadores, o risco crescente de lesões e os estádios parcialmente vazios estão longe de serem os únicos problemas a marcarem o Mundial de clube 2025, nos EUA. O mau tempo tem sido presença assídua no torneio e, neste sábado, voltou a afectar um jogo do Benfica, depois da suspensão do embate com o Auckland City. Mas porquê?

A onda de calor que está a afectar essencialmente a zona oriental dos EUA tem obrigado os jogadores e as equipas técnicas a adaptarem-se. À temperatura, à humidade e às consequências que provocam. Para minorar esse impacto, os árbitros têm instruções para decretar pelo menos uma paragem para hidratação por cada 45 minutos. E há clubes que já adoptaram soluções adicionais, como o Borussia Dortmund, que, para resguardar os jogadores suplentes do calor extremo, os deixou a verem o jogo pela televisão, sob o ar condicionado do balneário.

Entre expedientes desta ordem e readaptações da duração e do horário dos treinos – o Chelsea, por exemplo, encurtou as sessões de trabalho -, tem havido um esforço para aplacar a ameaça. Mas só a vertente que é controlável, como é óbvio, e nesta dimensão não se incluem os humores do clima.

O Benfica-Chelsea deste sábado estava sensivelmente a seis minutos do 90 regulamentares quando um trovão foi sentido na zona de Charlotte. Conclusão? O jogo foi interrompido, indefinidamente, no estrito cumprimento de uma lei estadual de saúde pública, que determina a interrupção de um evento desportivo ao ar livre sempre que um relâmpago entra num raio de proximidade de 16km.

Os procedimentos adoptados passam por aplicar uma suspensão de 30 minutos a partir do avistamento do último relâmpago, o que, no limite, poderá forçar adiamentos sucessivos. E casos destes já aconteceram seis vezes na presente edição do Mundial de clubes, o que levanta reservas acrescidas face ao Campeonato do Mundo de selecções, previsto para a América do Norte em 2026.

“Nada do que estamos a ver agora é invulgar, mesmo que estejamos a bater recordes”, afirmou à AFP Ben Schott, funcionário do National Weather Service (serviços meteorológios nacionais) e conselheiro da FIFA para o Mundial do próximo ano. “As pessoas devem preparar-se para cenários idênticos no próximo ano, se estiverem a pensar vir acompanhar os jogos”.

No fundo, é algo usual nos EUA nesta altura do ano, ainda que seja naturalmente possível prever o fenómeno com alguma antecedência e planear de forma mais meticulosa. “Temos muita humidade que vem do Golfo do México e que espoleta trovoadas durante o dia. O que estamos a ver agora é típico e é provável que aconteça novamente”.



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