O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou este domingo, 29 de Junho, que já encontrou um comprador para o TikTok, um passo necessário para permitir que a plataforma continue a operar nos Estados Unidos.
“Temos um comprador para o TikTok. Provavelmente, precisaremos da aprovação da China”, disse Trump numa entrevista à Fox News, transmitida este domingo, acrescentando estar confiante de que o homólogo chinês, Xi Jinping, aprovará a compra.
O líder republicano não revelou o nome do comprador, adiantando apenas que se trata de um “grupo de pessoas muito ricas” e que o revelará dentro de “duas semanas”.
Sob a administração democrata de Joe Biden (2021-2025), o anterior Congresso aprovou uma lei que obrigava a empresa chinesa dona do TikTok, a ByteDance, a abandonar o mercado norte-americano, sob pena de ver a plataforma ser banida do país, que representa um dos seus maiores mercados. Washington alegou motivos de segurança nacional para exigir o corte de relações com Pequim.
A única alternativa à proibição do TikTok em território norte-americano seria, portanto, que a ByteDance vendesse os seus activos a um investidor de um país que não fosse considerado inimigo pelos EUA.
Depois de não ter conseguido chegar a acordo, a aplicação esteve fora de serviço durante algumas horas nos Estados Unidos até que Donald Trump, no seu primeiro dia de regresso à Casa Branca, assinou uma ordem executiva concedendo uma extensão de 75 dias ao prazo para a venda.
A 4 de Abril, Trump concedeu ao TikTok mais 75 dias, que terminaram a 19 de Junho, mas, nesse mesmo dia, o líder republicano prolongou o prazo por mais 90 dias, até 17 de Setembro.
O Presidente já tinha declarado que tem “uma queda pelo TikTok”, insistindo que a plataforma contribuiu para a sua vitória nas eleições de Novembro passado, aumentando a sua popularidade entre os jovens. Chegou a estar em cima da mesa a aquisição do TikTok por uma nova empresa gerida por investidores norte-americanos e sediada nos Estados Unidos, mas o aumento das tarifas às importações chinesas, anunciado por Trump, deitou por terra a hipótese de um acordo com Pequim.