PCP afirma que redução do IRS pelo Governo “é cortina de fumo” para descer IRC | IRS


O secretário-geral do PCP afirmou, neste domingo, que a proposta do Governo de reduzir o IRS, que estará em discussão no Parlamento, na sexta-feira, é “uma cortina de fumo” e visa abrir caminho a uma descida do IRC.

Paulo Raimundo assumiu esta posição em conferência de imprensa, no final de uma reunião do comité central do PCP, numa declaração em que acusou o executivo PSD/CDS de adoptar uma política “que tenta iludir a realidade a partir de uma máquina de propaganda com poderosos meios e instrumentos”.

“Quando se exige justiça fiscal, desde logo com a descida do IVA na electricidade, gás e telecomunicações, medidas com impacto real na vida da maioria, é levantada a cortina de fumo do IRS, que, sem qualquer impacto em milhões de trabalhadores e reformados com baixos rendimentos, serve para abrir caminho à descida do IRC”, sustentou o secretário-geral do PCP.

Na sua declaração, o líder comunista apelou também a uma” intensificação da luta” contra as opções do Governo. “Uma luta onde se confrontam os interesses da larga maioria com a minoria que se julga dona disto tudo”, disse, contrapondo depois à actual situação “um caminho que requer a denúncia do capitalismo, a causa funda das injustiças, das desigualdades e da exploração”.

“Um caminho que exige o fim da submissão do país aos desmandos de guerra dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia e reconhecer o Estado da Palestina. Um caminho de denúncia da mentira e da demagogia e o firme combate a concepções reaccionárias”, completou.

Perante os jornalistas, Paulo Raimundo disse ainda que o PCP “está empenhado” nas próximas eleições autárquicas, “juntando no plano local, em torno da CDU, a frente unitária e popular que reúne milhares de pessoas sem filiação partidária e até votantes e apoiantes de outras forças políticas”.

No que respeita a iniciativas desenvolvidas pelo PCP, Paulo Raimundo referiu mais um dado: “Acabámos de realizar em Lisboa e no Porto, com milhares de participantes, a importante marcha sobre o lema Cumprir a Constituição – aumentar salários e pensões. Uma acção que culminou com a recolha de mais de 140 mil assinaturas com essa exigência”.



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