Ao chegar ao controlo de passaportes, no Aeroporto de Orly, em Paris, a 24 de Janeiro de 1968, Amílcar Cabral é desviado para uma sala lateral pelos agentes da polícia. O líder do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) tinha o nome numa lista de indivíduos que, fruto da política de troca de informações entre as autoridades francesas e as portuguesas, deveriam ser abordados. Pedem-lhe que mostre tudo o que tinha nas malas. Dentro de uma pasta, deparam-se com um conjunto de documentos. Os papéis foram todos fotografados e enviados para Lisboa. A informação viria a revelar-se preciosa para a PIDE. Cabral viu a entrada no país ser-lhe negada.
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