Astronautas da Índia, Polónia e Hungria partiram em missão à estação espacial | Espaço


Astronautas da Índia, Polónia e Hungria partiram esta quarta-feira numa missão rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) juntamente com Peggy Whitson, antiga astronauta da agência espacial norte-americana NASA.

A equipa de astronautas descolou do Centro Espacial Kennedy da NASA, em Cabo Canaveral, na Florida (EUA), por volta das 07h30 de Lisboa, dando início à mais recente missão organizada pela empresa Axiom Space, sediada no Texas, em parceria com a SpaceX, a empresa de Elon Musk. A tripulação composta por quatro membros foi transportada para o espaço numa cápsula Crew Dragon num foguetão Falcon 9 da SpaceX.

A preparação dos astronautas esteve a cargo do fisiologista português Emiliano Ventura, director do MSI Bioperformance, cuja função passou por desenvolver programas específicos que respondam às exigências físicas e mentais dos voos espaciais humanos, garantido que o desempenho dos astronautas é optimizado em todas as fases das operações, conforme noticiou o PÚBLICO.

Um vídeo em directo mostrou a imponente nave espacial a surgir no céu nocturno sobre a costa atlântica da Florida, seguida por uma brilhante nuvem amarelada de gases. As câmaras no interior do compartimento em que se encontra a tripulação transmitiram imagens dos quatro astronautas amarrados à cabina pressurizada, sentados calmamente lado a lado em fatos de voo brancos e pretos com capacetes, enquanto a nave espacial se dirigia para o espaço.


“Tivemos um lançamento incrível”, disse Peggy Whitson pelo rádio ao controlo da missão da SpaceX, cerca de nove minutos após o lançamento.

O quarto voo do género organizado pela Axiom

Apelidada de “Grace” pela tripulação, a recém-construída cápsula Crew Dragon, lançada nesta quarta-feira, fez o seu voo de estreia como o quinto veículo do género na frota de cápsulas da SpaceX.

Este também marcou o primeiro voo da Crew Dragon desde que Elon Musk ameaçou desactivar a nave espacial depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ameaçado cancelar os contractos governamentais de Elon Musk durante o conflito entre ambos no início deste mês.

Espera-se que a cápsula Crew Dragon da missão chamada Axiom 4, operada autonomamente, chegue à ISS após um voo de cerca de 28 horas. Se tudo correr como planeado, a tripulação da Axiom 4 será recebida a bordo do laboratório espacial em órbita na quinta-feira de manhã pelos seus sete actuais ocupantes – três astronautas dos EUA, um do Japão e três cosmonautas da Rússia.

Peggy Whitson, de 65 anos, e os seus três companheiros de tripulação da Axiom 4 – Shubhanshu Shukla, de 39 anos, da Índia, Sławosz Uznański-Wiśniewski, de 41 anos, da Polónia, e Tibor Kapu, de 33 anos, da Hungria – deverão passar 14 dias a bordo da estação espacial a realizar experiências em microgravidade.

Esta missão é o quarto voo do género desde 2022 organizado pela Axiom, a empresa com sede em Houston (EUA) que tem vindo a colocar em órbita terrestre astronautas patrocinados por empresas privadas e governos estrangeiros.

Para a Índia, a Polónia e a Hungria, o lançamento marcou o regresso aos voos espaciais tripulados após mais de 40 anos e a primeira missão a enviar astronautas dos respectivos países à Estação Espacial Internacional.

A participação na Axiom 4 de Shukla, um piloto da força aérea indiana, é vista pelo próprio programa espacial indiano como uma espécie de precursor da primeira missão tripulada da sua nave espacial orbital Gaganyaan, planeada para 2027.

A tripulação da Axiom 4 é liderada por Peggy Whitson, que se reformou da NASA em 2018 após uma carreira pioneira que incluiu tornar-se a primeira mulher astronauta chefe da agência espacial dos EUA e a primeira mulher a comandar uma expedição à ISS. Actualmente consultora e directora de voos espaciais tripulados da Axiom, registou 675 dias no espaço, um recorde nos EUA, durante três missões da NASA e um quarto voo ao espaço como comandante da missão Axiom 2 em 2023.

A Axiom, uma empresa com nove anos de existência, co-fundada pelo antigo director do programa ISS da NASA, é uma das poucas empresas que está a desenvolver uma estação espacial comercial própria destinada a substituir a ISS, que a NASA prevê que seja retirada do espaço por volta de 2030.





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