Brasileiro pega prisão perpétua por matar adolescente em Londres com espada | Justiça


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Marcus Arduini Monzo, brasileiro de 37 anos, foi condenado à prisão perpétua por um ataque com espada em Hainault, nos arredores de Londres em 2024, que resultou na morte do adolescente Daniel Anjorin, de apenas 14 anos. A sentença, proferida nesta sexta-feira (27/06), estipula um cumprimento mínimo de 40 anos antes que Monzo possa pedir liberdade condicional. O caso chocou o Reino Unido e teve ampla repercussão internacional.

O veredicto foi anunciado dois dias atrás, na quarta-feira (25/06), quando o tribunal considerou Monzo culpado por sete crimes: homicídio, três tentativas de homicídio, lesão corporal grave com intenção, roubo qualificado e porte ilegal de arma. O ataque, ocorrido em abril do ano passado, também deixou gravemente feridos moradores locais e dois policiais da Polícia Metropolitana.

A tragédia ocorreu em plena luz do dia, quando Daniel Anjorin foi surpreendido e esfaqueado na rua, ataque que a polícia descreveu como um “massacre brutal”. O jovem, que saía de casa para ir à escola, não resistiu aos ferimentos. A brutalidade do ato e a aleatoriedade das vítimas causaram comoção e revolta em todo o país.

Dor irreparável

Em declaração à imprensa diante do tribunal, os familiares de Daniel prestaram uma emocionada homenagem ao garoto, lembrando seu “espírito generoso” e destacando a dor irreparável causada pela perda: “Daniel foi tirado de nós de uma forma que nenhuma família deveria ter que suportar. Sua vida tinha tanto potencial pela frente, ele era talentoso academicamente, era gentil e tinha um espírito generoso que tocou todos que o conheceram.”

A família agradeceu às autoridades que conduziram a investigação e o processo judicial, bem como à comunidade que os apoiou desde o crime. “Queremos expressar nossos mais profundos agradecimentos à polícia, à equipe de acusação e a todos aqueles que trabalharam incansavelmente para buscar a verdade. Sua dedicação significou mais para nós do que palavras podem expressar.”

Segurança máxima

Monzo, que possui cidadania brasileira, será transferido para uma prisão de segurança máxima. A motivação do ataque ainda permanece obscura, mas os investigadores descartaram ligação com grupos extremistas. Segundo a Polícia Metropolitana, o criminoso agiu sozinho, portando uma espada de grandes proporções e cometendo os crimes em sequência.

A morte de Daniel reabriu debates no Reino Unido sobre o controle de armas brancas e o acesso a cuidados de saúde mental. O caso também gerou indignação no Brasil, onde a identidade de Monzo como cidadão brasileiro foi amplamente repercutida.

“Honraremos a memória de Daniel não na sombra desta tragédia, mas através do amor e da felicidade que ele trouxe para nós e para todos aqueles que o conheceram”, concluiu a família do adolescente.



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