O Ministério da Defesa português esclareceu, em comunicado enviado esta noite deste domingo, que no passado dia 18 de Junho, “os EUA solicitaram, através de nota diplomática, autorização para 12 aviões reabastecedores utilizarem a Base das Lajes, a qual foi concedida”. Nessa notificação, foi referido que a missão das aeronaves é apoiar a Força Naval norte-americana no Atlântico.
Segundo o Governo português, “este é um procedimento habitual e as aeronaves que se encontram nos Açores são aviões de reabastecimento aéreo. Não se trata de meios aéreos ofensivos, mas tão só de aeronaves de reabastecimento”.
O ministério tutelado por Nuno Melo esclarece ainda “que não passam meios de combate norte-americanos pela Base das Lajes há mais de um mês” e que, para além desta notificação, “emitida pelas vias regulares e adequadas, não houve mais nenhum contacto por parte das autoridades dos EUA”.
A utilização da Base das Lajes rege-se pelo Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os EUA.
“Portugal concede autorizações específicas, trimestrais ou permanentes de sobrevoo e aterragem, não apenas aos EUA, mas a muito outros países. Com base nestas autorizações, o estacionamento de aeronaves militares é normalmente notificado com 72 horas de antecedência ou com antecedência mais curta, devido à imprevisibilidade de algumas missões”, acrescenta o comunicado do Governo.
Os partidos da oposição estavam há dois dias a questionar o Governo sobre se tinha sido informado e se tinha dado autorização para que 12 reabastecedores norte-americanos tivessem aterrado esta semana na Base das Lajes. As perguntas aumentaram quando se tomou conhecimento que os EUA atacaram o Irão e que aqueles aviões estiveram de algum modo envolvidos na operação.
