Kirsty Coventry, a primeira presidente do COI: “Olimpismo é plataforma de esperança” | Jogos Olímpicos


A nova presidente do Comité Olímpico Internacional (COP), Kirsty Coventry, deseja ver o olimpismo como uma fonte de “esperança”, sobretudo num mundo em que os conflitos proliferam a ritmo acelerado. “O olimpismo é uma plataforma para inspirar, mudar vidas e trazer esperança”, vincou a dirigente de 41 anos, a 10.ª a assumir a liderança da instituição, que cumpre 131 anos.

A primeira mulher e primeira pessoa africana a comandar o COI começa o seu mandato de oito anos numa altura em que o mundo se depara com cada vez mais cenários de guerra, destacando-se os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente, por isso, deixou um agradecimento especial ao antecessor, o alemão Thomas Bach: “Manteve-nos unidos nos momentos mais turbulentos”.

Em Lausanne, onde ocorreu a tomada de posse, a unidade foi mesmo um dos principais pontos comuns nos discursos da nova presidente e do cessante, que liderou o organismo durante 12 anos, período no qual o COI suspendeu a participação do Comité Olímpico Russo nos Jogos de Paris2024, devido à invasão da Ucrânia.

“O nosso movimento, cada um de nós, integra esta teia de aranha. É complexa, bela e forte. Mas só funciona se trabalharmos juntos e permanecermos unidos”, sublinhou a antiga campeã olímpica da natação.

Apesar de defender o legado de Thomas Bach, que apoiou a sua candidatura, a ex-ministra do Desporto do Zimbabué defende que o olimpismo “precisa de mudar e adoptar novas formas” de ser e estar, sempre a “ouvir as vozes” de todos os que o integram.


Na presença das suas filhas, de seis e sete anos, os seus “pilares de inspiração”, destacou o simbolismo de ser a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto do desporto internacional: “Tive a enorme sorte de ter mulheres muito fortes à minha volta desde criança, das minhas avós à minha mãe”.

Thomas Bach revelou a serenidade de ver o COI entregue “às melhores mãos”, destacando o facto de a sua sucessora – que foi campeã olímpica em Atenas2004 e Pequim2008 – “liderar com coragem” e estar “profundamente ligada ao desporto”.

“Deixamos uma mensagem poderosa ao mundo: o COI continua a evoluir. Ela reflecte a natureza verdadeiramente global e o espírito jovem e progressista da nossa comunidade olímpica”, sintetizou.

Quanto ao facto de o organismo passar a ser liderado pelo segundo dirigente mais novo da história – Pierre Coubertin foi eleito com 33 anos -, Bach, de 71, revelou optimismo. “Reformámo-nos, renovámo-nos e unimo-nos em torno dos valores que definem o nosso movimento”, completou.

Considerada a candidata da continuidade do trabalho de Bach, Kirsty foi eleita logo na primeira ronda de votações, com 49 dos 97 votos possíveis, com o espanhol Juan Antonio Samaranch Jr. a receber 28 votos e o britânico Sebastian Coe, à frente da World Athletics (federação internacional de atletismo), apenas oito.

Na corrida com maior número de candidatos de sempre, o francês David Lappartient e o japonês Morinari Watanaben tiveram ambos quatro votos, enquanto o jordano Feisal Al Hussein e o sueco Johan Eliasch se ficaram pelos dois cada.





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