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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que falou com o homólogo norte-americano Donald Trump pelo segundo dia consecutivo no domingo, classificando a conversa como “muito produtiva”.
Os dois chefes de Estado discutiram uma série de temas acordados no dia anterior, incluindo a defesa, a utilização de armas de longo alcance, como o míssil de cruzeiro Tomahawk, e o setor energético da Ucrânia.
Zelenskyy instou Trump a mediar a paz na Ucrânia como no Médio Oriente, acrescentando que a Rússia está atualmente a tirar partido do conflito na região.
“Moscovo permite-se escalar os seus ataques, explorando abertamente o facto de o mundo estar concentrado em garantir a paz no Médio Oriente”, disse Zelenskyy.
“É precisamente por isso que não se pode permitir um enfraquecimento da pressão. Sanções, tarifas e ações conjuntas contra os compradores de petróleo russo – aqueles que financiam esta guerra – devem permanecer na mesa”, acrescentou.
As chamadas telefónicas surgem no momento em que a Rússia prossegue a sua campanha contra as infraestruturas energéticas da Ucrânia. Mais uma vez, Moscovo visou a região de Odessa e as suas infraestruturas críticas, apenas um dia depois de ter atacado instalações energéticas na região, o que provocou cortes de energia em várias cidades.
A Rússia lançou um total de 118 drones durante a noite, matando sete pessoas e ferindo pelo menos outras 23 em toda a Ucrânia. O Ministério da Energia do país afirmou que foram também atacadas infraestruturas energéticas nas regiões de Donetsk e Chernihiv, deixando algumas zonas sem água e eletricidade.
Em Kiev, dois funcionários da maior empresa privada de energia da Ucrânia, a DTEK, ficaram feridos quando a Rússia atacou uma subestação na região, informou o governador regional da cidade, Mykola Kalashnyk.
O setor energético ucraniano tem sido um campo de batalha fundamental desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala, uma vez que Moscovo tenta paralisar a rede eléctrica ucraniana antes do rigoroso inverno.
“A Rússia continua o seu terror aéreo contra as nossas cidades e comunidades, intensificando os ataques às nossas infra-estruturas energéticas”, escreveu o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy no X, referindo que a Rússia tinha lançado “mais de 3.100 drones, 92 mísseis e cerca de 1.360 bombas planadoras” contra a Ucrânia na última semana.